
CARNAVAL 2026
SINOPSE DE ENREDO
"Noite mágica"
Há noites que não são apenas noites. Há momentos em que uma cidade inteira se transforma em palco, e cada rua, cada luz e cada som parecem conspirar para criar magia. Ovar conhece bem esse segredo: quando chega o Carnaval, o tempo suspende-se e a cidade veste-se de sonho.
A noite inicia com a chegada do comboio à cidade trazendo foliões ansiosos, carregados de cor e fantasia, prontos para viver aquilo que só aqui é possível. As ruas estreitas e as calçadas de pedra refletem-se de cores e luzes vibrantes, como se cada casa tivesse decidido juntar-se à festa.
As casinhas de azulejos abrem-se em abraço, acolhendo os que chegam para celebrar a noite em que tudo pode acontecer.
O ar vibra de música: tambores que fazem o peito estremecer, trompetas que se misturam com o riso contagiante dos foliões, DJ’s que fazem o povo saltar, e o murmúrio suave do Atlântico, lembrando que o mar está ali tão perto. À medida que a festa cresce, a própria noite parece vestir-se de encanto. O céu torna-se cúmplice do Carnaval, abrindo-se como um grande palco onde brilham segredos antigos e promessas de magia. Fogo de artifício rasga os céus em cores incandescentes, e no coração da cidade, a estátua de Neptuno ergue-se como guardião da celebração, epicentro da Noite Mágica.
É nesse cenário que o olhar se ergue e encontra a guardiã da noite. No céu, a Lua reina absoluta, a primeira lua prateada espalha um brilho sobre a cidade, iluminando os olhos das crianças, os laços de cetim das fantasias, os confetes colados nos cabelos húmidos de chuva ou suor.
Neste largo céu, as estrelas confundem-se com serpentinas cintilantes, como fios de ouro suspensos no ar, as praças e as ruas de Ovar transformam-se em palcos de um espetáculo sem ensaio. Grupos de foliões cruzam-se em passos improvisados, enquanto as máscaras revelam alegria, surpresa e ousadia. Os dominós, tão característicos de Ovar, caminham lado a lado com personagens e fantasias de todas as cores, num encontro de tradição e invenção.
Cada barraca de doces e cada copo erguido perfumam o ar, misturando-se com o cheiro da maresia.
As crianças correm entre as pernas dos adultos e os mais velhos sorriem, reconhecendo nas cores e nos sons o reflexo da sua própria juventude. O tempo abranda, cada gargalhada ecoa como feitiço, cada passo na calçada molhada transforma-se num mosaico de luz e cor.
A cidade inteira parece suspensa entre realidade e fantasia, até o vento dança, levando serpentinas, plumas e pétalas pelo ar, como se quisesse contar ao mundo que, nesta noite, tudo é possível. A cidade está guardada pelo Rei e pela Rainha do Carnaval, soberanos de um reino onde a alegria não conhece fronteiras e quando a madrugada chega, tingindo o horizonte com o primeiro sinal do sol, a Lua despede-se.
Ovar mergulha no silêncio, mas continua a pulsar.
Os confetes espalhados pelo chão permanecem como testemunhas de uma noite em que a alegria, o mistério e a magia se entrelaçaram.
Num amanhecer glorioso, cada habitante guarda no coração a memória de uma festa que é mais do que Carnaval: é poesia viva, escrita em cores, sons e sonhos de quem acredita no impossível.
É a Noite Mágica.
“Cantamos Quim, que prefere mamar na cabritinha, enquanto sou feliz na Charanguinha!
Boas-vindas, Bienvenido, Welcome ou Bienvenu, Merci Beaucoup, pois é Carnaval.”